Essa rainha
O que ela tem que eu não tinha?
Tempo
Criou um templo
Do lado de dentro
Que seu reino seja eterno
Irmã no sangue
Para que meu também o seja
Mesmo que breve
Por enquanto espero
Feito grávida
Que come tempo
Na dobra entre
O lado de fora
E o de dentro
Dona da casa, dona do canto
povo de rua, castelo na lua
Eu não arredo
Do que é belo
Rainha do resto
Meu reino é orquestra
-de acaso, sem maestro
Pois que a espera é passiva?
Não, é ávida.
Vou aprender com a grávida
A espera que gera.
(ou desespera)
segunda-feira, 28 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
Vade Retro para a experiência
Não se espante ao descobrir na passista, alguém que pensa
São só palavras, como sempre limitadas
Do lado de dentro da experiência
- Olha o bloco
- Olha a louca
- Como dança! Diz o moço do restaurante
Que não por vontade própria se desloca
A multidão passa e faltam palavras na mesa
Estremecem de beleza a cortina e o assento
Num sopro instante de consentimento
A imagem fala, a letra encareta a brincadeira
O folião repara o estranho e abre os olhos ao contraste:
- Se eles ficam é porque eu passo
Assim se trança a sina: a cidade descortina
Mas a poeta insiste
Em fissura de caneta, precisa falar disto
E mira ao rapaz da bateria: virou bicho!
Só atende por tempo, tom e ritmo
[Como é? Faz tum tum de tão bonito!]
Mas do lado de dentro
Pelo tato se entende
Se toca e agradece
Coletivo, de choque, carece!
Não acredita? Tenta só sambar de ré!
Se samba no pé não sai no tapa
Contato é nossa ordem, primata!
Mas não importa o queo poeta pensa,
Suas palavras não podem tocar a experiência.
São só palavras, como sempre limitadas
Do lado de dentro da experiência
- Olha o bloco
- Olha a louca
- Como dança! Diz o moço do restaurante
Que não por vontade própria se desloca
A multidão passa e faltam palavras na mesa
Estremecem de beleza a cortina e o assento
Num sopro instante de consentimento
A imagem fala, a letra encareta a brincadeira
O folião repara o estranho e abre os olhos ao contraste:
- Se eles ficam é porque eu passo
Assim se trança a sina: a cidade descortina
Mas a poeta insiste
Em fissura de caneta, precisa falar disto
E mira ao rapaz da bateria: virou bicho!
Só atende por tempo, tom e ritmo
[Como é? Faz tum tum de tão bonito!]
Mas do lado de dentro
Pelo tato se entende
Se toca e agradece
Coletivo, de choque, carece!
Não acredita? Tenta só sambar de ré!
Se samba no pé não sai no tapa
Contato é nossa ordem, primata!
Mas não importa o queo poeta pensa,
Suas palavras não podem tocar a experiência.
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