Caio vê Joana com outro cara, mas esconde a careta, afinal de contas, eles não tinham nada. Não seria isso que você faria, meu caro? Caio andava mesmo enjoado de Joana na outra semana... Mas hoje, por algum motivo, lhe veio um desejo! O que havia acontecido? Agora não parava de olhar para aquela delícia de bunda na mão que não era sua. Ele que já tinha passado muito mais que a mão, passava mal com a situação. E não recordava bem do passado... Ah sim, agora se lembrava, daquele domingo de ressaca com os amigos. Joana perguntara pela praia prometia, mas ele só queria cama, não deu sinal de vida. Pois essa noite vai ter sua cama... Sem Joana!
Caio é gato, descolado, expert, como quase todo carioca, na arte de mostrar os dentes, e dizer que está tudo bem. E com o tempo, de tanto tudo bem, já nem tenta, sei lá, tanto faz, não sente nada diferente. Vez por outra dá gastrite, azia de vida vazia, vontade de viajar pra nunca mais voltar. Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Fulana que nem Joana tem de monte pra chamar de bem. E é sempre o mesmo nhém nhém nhém de mulher, que sempre quer quer quer. Vem? Não vem. Tem? Não tem. Como bom intelectual (meio de esquerda) Caio sabe que ciúmes ou arrependimento pega mal. Está tudo bem, afinal de contas, nesse mundo, “ninguém é de ninguém”. Semana que vem no bate papo com Joana, Caio como quem não quer nada, avisa de uma outra festa igual a esta. “To chamando geral”. Só pra provar que tá tudo bem. Se ela der mole, melhor. Mulher pra Caio é tudo igual.
Eita! Nossa temática é nossa vida! Escrevemos bem do que sentimos, vovenciamos e fazemos...
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