terça-feira, 19 de novembro de 2013
Tatuagem
sábado, 16 de novembro de 2013
Faxina
Eu não gosto de correr atrás de homem. Mas hoje corri atrás de vários. Todos os pelotões de forças armadas correndo no aterro junto comigo! Não resisti e colei nos fuzileiros navais. Passando pela banda, a canção do Cisne Branco me fez lembra a minha infância dentro do quartel da marinha e os meus anos de colégio militar. Difícil não vibrar com o espetáculo da virilidade masculina reunida com cadência, marcha e aquelas canções de encontro de encontro com o capeta e escopeta repetidas em coro grave. Por um momento esqueci a estrutura hierarquizante, machista, opressora e violenta e vi só os garotos dando um duro danado para não fazer feio nessa corrida de feriado. Dá pra ver que por trás da marra, e da fama de mau, meninos que se derretem com os aplausos do público de parentes emocionados. Nisso eu me surpreendi correndo o dobro do meu habitual. É a força do coletivo que nos leva para além dos nossos limites. Aproveitei e fiz faxina na casa.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
MARIA JOANA (Contos do cotidiano carioca)
Maria Joana (nossa Mary Jane carioca) perdoa todas os
vacilos do seu homem mascarado. Ela sabe que ele gosta dela, mas Pedro parte sem dar tchau,
sempre fura, chega atrasado e nunca liga de volta. O segredo, por trás dos
perdidos do gato (quer dizer, aranha) é que ele é black block e vive muito
ocupado com as manifestações. A ruiva, coitada, viu muitos filmes de super-herói
norte-americano. Ainda não se ligou que esses malucos do áudio visual fumam um
e inventam essas histórias de herói para justificar suas sequelas com as mulheres. Se o
cara tem coragem para levar porrada da polícia também tem que ter para dizer
que te ama mas que agora está difícil. Ou para dizer que não quer nada sério
contigo. Maria Joana, pare de bancar a
mocinha e salve a si mesma. Se você gosta de revolução, bota a máscara e vai para rua!
- Isso é o que alguns minutos de Homem Aranha na Rede Globo
faz comigo.
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