sábado, 16 de novembro de 2013
Faxina
Eu não gosto de correr atrás de homem. Mas hoje corri atrás de vários. Todos os pelotões de forças armadas correndo no aterro junto comigo! Não resisti e colei nos fuzileiros navais. Passando pela banda, a canção do Cisne Branco me fez lembra a minha infância dentro do quartel da marinha e os meus anos de colégio militar. Difícil não vibrar com o espetáculo da virilidade masculina reunida com cadência, marcha e aquelas canções de encontro de encontro com o capeta e escopeta repetidas em coro grave. Por um momento esqueci a estrutura hierarquizante, machista, opressora e violenta e vi só os garotos dando um duro danado para não fazer feio nessa corrida de feriado. Dá pra ver que por trás da marra, e da fama de mau, meninos que se derretem com os aplausos do público de parentes emocionados. Nisso eu me surpreendi correndo o dobro do meu habitual. É a força do coletivo que nos leva para além dos nossos limites. Aproveitei e fiz faxina na casa.
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A força do coletivo nos leva para além dos nossos limites, todos os limites, físicos e éticos... Por isso eles são diuturnamente treinados assim, para que não sejam mais homens de pensamento livre, e sim obedientes...
ResponderExcluirA marra, a fama de mau, a seriedade sombria são máscaras para esconder os fatos...