sábado, 20 de novembro de 2010

Princípio e precipício

Parto do princípio que tudo é precipício
E o tédio coisa de quem tem pressa
Rotina sina do que não se atira
No divino da vida
- Dádiva ávida a espera do todo

Parto do princípio que essa ânsia sou eu
E a náusea o sono do que não escuta
O convite do novo. Na vida,
não há o que se repita. Tudo nela grita.

Parto do princípio que esse abismo sou eu.
Páro. Tiro os sapatos
Ando com os pés descalços
E o solo me acolhe na vertigem
Verto lágrimas férteis
Planto a despedida e vomito a falta
Aceito o fim

Parto do princípio que o início é a partida.
Vem comigo? Adeus.

(mais uma vez)

2 comentários:

Alimente!

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