Entre teus dedos
Entendo
Deus
Palavras
vans
Nuvem
de ais
Se
penso paz
Meu
corpo pede mais
Aguardo
e ardo
Pelas
manhãs
Anseios
inundam
Segundas
segundos
Os
seios inflamam
Ama,
derrama, chama
Só
sossega quando abre
Mãos,
braços
Abre
as pernas ao cansaço
Não
terá sido por isto
Todo
o sangue de Cristo?
Sacrifício,
sacro ofício
A
arte arde em muitos sentidos
Debaixo
do meu umbigo
Artesão
me dê a mão!
Ah
tesão entre teus dedos
Tateia
sem manual
Meu
corpo cego
Aceita
não nega
Entrega
sem medo
(Ilustração: Thiago José)