terça-feira, 25 de outubro de 2011

Entre teus dedos





Entre teus dedos
Entendo Deus
Palavras vans
Nuvem de ais
Se penso paz
Meu corpo pede mais

Aguardo e ardo
Pelas manhãs
Anseios inundam
Segundas segundos
Os seios inflamam

Ama, derrama, chama
Só sossega quando abre
Mãos, braços
Abre as pernas ao cansaço

Não terá sido por isto
Todo o sangue de Cristo?
Sacrifício, sacro ofício
A arte arde em muitos sentidos

Debaixo do meu umbigo
Artesão me dê a mão!
Ah tesão entre teus dedos
Tateia sem manual
Meu corpo cego
Aceita não nega
Entrega sem medo
(Ilustração: Thiago José)


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Alimente!

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