poema escrito para a ilustração de Luisa Condé, com uma gota de água poética manchando o desenho.
Pelas paralelas dessa cidade
Disfarces
Se diz frases
/feitas/
Receitas per-
/feitas/
Face a objetividade das retas
regras
Em vias concretas
Sob a face
Curvas, fantasias, linhas de fuga
Sob a face
Fases, crises, necessidades
Na ansiedade [feminina]
Há de seguir a sina
-
Assina!
-
Assina!
Identidade perdida
O nome classifica
Mas se diz-
traída
Alucina de saída
Se despe-
de
Se depara
Se diz
para, pira, some
Dis-
para
ela
nóia
descobre
dentro da cabeça dela
mil cidades
cindidas de si
ligada de nós
E os disfarces
se desfazem
em inorgânicidades
faces comuns
Muito bonito seus traços. Que continuem a espalhar poesia pelas cidades.
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