domingo, 19 de outubro de 2014

Sem sol




Ontem eu e uma multidão fomos à praia de Ipanema a espera de um dia semi-ensolarado, como o que fazia em nossos bairros mais ao norte. Mas, ao desembarcar na General Osório, gemia o povo em ais, reclamando sua sorte. Bem que o amigo zona sul tinha me avisado da nuvem que pairava sobre a praia... mas eu não escutei. Quem sempre morou longe do mar e o sente como coisa rara, é capaz de aproveitá-lo até mesmo em sábados nublados. Mas por aquele vento frio, eu não esperava. Então, irritada, engrossei o coro, repetindo mesma reação de cada ser humano suburbano que tinha vindo atrás e que viria adiante. Depois disso sorri sonoramente mostrando os dentes entre os semelhantes. Não há frustração que resista intacta ao ser compartilhada. Nós, que acreditamos no sol, nunca estamos sós. Não a falta de sol, mas a solidão é nosso único mal.

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Alimente!

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