Cavalheiros, abaixem as armas
Não há nada a ser conquistado
Quanto mais moços, mais veteranos de guerra
Rasgam as almas em redes de traumas
Sob couraças sem remendo.
Vejam o jovem tecelão
Em sua delicada arte de cozer
- coisa de mulher
Fia um destino sem armas
Ajusta um pequeno desvario
E com ela, por um fio
Confia e tece a paz
Em constante desafio
Ao qual se rende. Arte.
Cavalheiros, abaixem as armas
À infértil conquista da bela
Mais ricos os homens da terra
Porque sabem que não há o que roubar
- quando se é dela.
Oh colonizador vão!
De que valem as estratégias de ocupação?
O território é sua amiga
Com quem se compartilha
A terra, a cama ou o chão.
Cavalheiros abaixem as armas
Porque a conquista é breve
E o que ganha logo não serve:
Semente boa sobre o aço
Um remendo de fumaça.
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