segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Poema de ontem , tatuagem de sempre

Poema de ontem
História de sempre
Que sirva a outra
Em outro tempo.

Poema que entra de gaiato na vida do outro
Pretensão a dela
Fazer parte de uma história eterna.

Não passou da nova conquista de semana passada
Coitada!

Poema queixa
Conselho chavão
Há que se viver o momento
– diz o refrão.

Mas antes que se precipite o julgamento
De tanto faz, garota tonta
Eu aponto a tua estampa
A tal marca que delata

Você também já quis tanto!

A dor que se crava eterna
A bela história concreta
Riscada na carne
Sentido gravado na pele

Ter uma tatuagem, não se engane, é sinal de amor.

E não é só você
Foram tantos tatuados que eu vi ontem...
Também queriam uma história pra contar
Que não terminasse a festa só

Anseios silentes, música visível.
Me comovem tais convites
E renovam minha fé na festa!

Mas minhas tatuagens se transformam todo tempo
Sangram versos de memória dita, não dita, escrita
História transferível a outrem que sirva
Sobre ontem e sempre.

Um comentário:

  1. Meus poemas são minhas tatuagens e minha companhia. Com eles nunca estou sozinha.

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