segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Voto nu

Meu partido é um coração partido
Entre direita e a esquerda faz um vão
Plataformas e discursos se disputam
Cada extremo oposto
Rejeita coligação

Pelo verso ou pelo voto
O candidato logo nota:
- vence aquele que sustenta a posição
Mas cada lado nega o outro
Na política do não

Por isso afirmo o espaço onde
O vazio não se esconde
Da disputa que não fala
Fica a disposição
De onde a poesia brota
- ela é quem tem meu voto
Posto que o verso não é vão

Do amor nunca se é nulo
Volta-se nu ou não.

6 comentários:

  1. realmente...

    nesta eleição eu amo poesia.

    a esperança tah sentada na praça...

    cansada de ter vindo de algum lugar (de muito longe, verdade seja dita)...

    mas desanimada ainda com a distância de chegar..

    ah,
    deixa a esperança bufar...

    já já se levanta,
    ela sabe
    que não há remédio pra chegar
    que não seja andar

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  2. Esse parecia ser um poema diferente,
    mas os dois últimos versos o tornaram alicianos.

    Fábio

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  3. Muito bom, Alice! Interessante o poema.
    Abraço

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  4. Mais um voto na Poesia, a nossa representante legítima! Afinal, eleições vão e vêm e é a gente que, mesmo sem se candidatar, acaba sempre reeleito... Pra bobo.

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  5. Galera, obrigada pelos comentários. Realmente eles alimentam!
    Fábio, acho que os últimos dois versos são para dar fazer a dobra do poema. porque começa com coração partido... vc achou que eles seriam desnecessários? Eu gosto muito de crítica. Nem acho que escrevo bem (escrevo a muito pouco tempo mesmo) por isso me ajuda muito esse diálogo e eu quero melhorar.

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  6. Ah... e outra coisa. Aproveitando que vcs são todos homem. Vejam o poema embaixo! Bjos!

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