Vontade de criança
Tudo é brinquedo
Cada treco um segredo
A ser cutucado
Futuca a fresta da porta
Na festa
Escala a soleira
De sola a brincadeira
Entre tornozelos, calcanhares a dança
De ser criança
Criatura infante
De querer gigante
Vontade que invade a sala
Toma conta da festa
A chorar...
Há de suportar,
Tamanha dependência
Por querer mãe que baste
E não se gaste.
(Mães sempre se gastam)
Que lhe venha a sorte que for
O assoalho que lhe sustentar
A porta que lhe couber
Solidão de ser criança
Mundo próprio
Brincadeira inventada
Há de se pagar o preço
De acabar
(Mães sempre se acabam)
Inventar a troca:
Mundo seu,
pelo compartilhado
A fresta pela festa -
Começa na porta da festa.
O brinquedo que tudo é
Pelo trago e pelo gole
A mãe pelo par
Que também não vai bastar.
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