sábado, 29 de maio de 2010
Relógio
Tic tac tic tac
(sinal de sonho só)
Eu tenho um relógio no peito
que não desperta
da vida lânguida
Dá tempo de tomar um chá
ou um cogumelo amarelo?
- não dá
Correr atrás do tempo
Relógio de lógica
pressa de amar
e coisa prá fazer
- nem tudo é maravilha
relógio que corre
o alvo do coelho
brancura do cabelo
Alice sem hora
vai virar senhora
bem depois de agora
progressão aritimética
o que vai ser quando crescer?
dou lhe uma
dou lhe duas
dou lhe 23!
Dou a volta na hora
E corda prá poesia
acordada demora
o país das maravilhas
não desperta do sonho lento
sonolenta alice
corre atrás do tempo
a perder de vista
o sonho sem fim
a vida sonha de mim
que seria
que seria...
tic tac tic tac
Volta Alice!
(para o mundo da gente)
domingo, 23 de maio de 2010
Poesia pichação
Big brother. Blog. Escova progressiva. Orkut. Auto-ajuda. Filhos. Dieta. Facebook. Desejo de ser reconhecido. Piercing colorido. Casamento. Cirurgia plástica. Tatuagem. Zoar o coleguinha. Pegar geral. Mestrado. Drogas. Religião. Doutorado. O grupo. Palco. Maquiagem. Instrumento musical. Escrever um livro. Promoção. Perfume importado.
Ser visto. Servir. Ser quisto. Ser seguido.
Twiteeeeeeer!
Há de se envergonhar de tudo isso?
Que sim... Mas vergonha, essa é luxo de incluídos.
A moça pensa: todo mundo diz que eu tenho sorte de ser bonita, rica e inteligente. Eu queria ser feia, pobre e burra para que gostassem de mim só por eu ser gente. Que não olhassem para mim pelo meu valor de uso. Por isso a navalha.
Poesia cicatriz. Aos cortes na pele.
//
Que me batam na cara. Que aí saibam que eu existo. Ser visto. Reconhecido. Ter valor. Se é assim serei mau. Vou escrever meu nome na cidade. Essa cidade é minha. Serei seu rei. ESCREVE-REI meu nome no concreto da cidade com uma letra só minha todos saberão que eu tenho valor. Escreverei no mais alto do alto edifício.
Poesia pichação. Só que não tão alto.
_________________________________________________________
- A moça do texto é uma referencia a “A mulher mais linda da cidade” do Bukowski. Que é um conto visceral!
- Botaram aqueles tapa favela na linha vermelha. Ainda bem que já picharam.
Ser visto. Servir. Ser quisto. Ser seguido.
Twiteeeeeeer!
Há de se envergonhar de tudo isso?
Que sim... Mas vergonha, essa é luxo de incluídos.
A moça pensa: todo mundo diz que eu tenho sorte de ser bonita, rica e inteligente. Eu queria ser feia, pobre e burra para que gostassem de mim só por eu ser gente. Que não olhassem para mim pelo meu valor de uso. Por isso a navalha.
Poesia cicatriz. Aos cortes na pele.
//
Que me batam na cara. Que aí saibam que eu existo. Ser visto. Reconhecido. Ter valor. Se é assim serei mau. Vou escrever meu nome na cidade. Essa cidade é minha. Serei seu rei. ESCREVE-REI meu nome no concreto da cidade com uma letra só minha todos saberão que eu tenho valor. Escreverei no mais alto do alto edifício.
Poesia pichação. Só que não tão alto.
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- A moça do texto é uma referencia a “A mulher mais linda da cidade” do Bukowski. Que é um conto visceral!
- Botaram aqueles tapa favela na linha vermelha. Ainda bem que já picharam.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Confluxo
Que não se pesca
Nem se dissolve
Nada comigo
Fora da rede
Que movimenta o mundo
Meneio do mar todo segundo
Uma estrela se move
Algo se ouriça
Desperta um peixe
O mar se agita
Um cardume pega corrente
Mergulhão caça
Assim se cria uma onda no mar
Do impossível se faz o movimento
Em cadência
Pesca que me resta
Nado sincronizado
Que me fixo
No fio transparente de querer negociado
Querido, por um fio
Que me fio, arrematado
E te laço, apertado!
Fio de mel
Fio da navalha
Fica o movimento
No fluxo
Não há como pegar
Não se pesca
O que se perde no mar
Se sente em corrente
E lava, consistência
E leva, na paciência
O que teço agora
Arraia peixe alado
Nado a lado.
Não arreio. Rendo.
Rindo...
Me leva, vôo!
Se onda lá, noutra hora
Se há que perder prá se nadar
O que se ganha aqui perde um peixe no mar
Nem se dissolve
Nada comigo
Fora da rede
Que movimenta o mundo
Meneio do mar todo segundo
Uma estrela se move
Algo se ouriça
Desperta um peixe
O mar se agita
Um cardume pega corrente
Mergulhão caça
Assim se cria uma onda no mar
Do impossível se faz o movimento
Em cadência
Pesca que me resta
Nado sincronizado
Que me fixo
No fio transparente de querer negociado
Querido, por um fio
Que me fio, arrematado
E te laço, apertado!
Fio de mel
Fio da navalha
Fica o movimento
No fluxo
Não há como pegar
Não se pesca
O que se perde no mar
Se sente em corrente
E lava, consistência
E leva, na paciência
O que teço agora
Arraia peixe alado
Nado a lado.
Não arreio. Rendo.
Rindo...
Me leva, vôo!
Se onda lá, noutra hora
Se há que perder prá se nadar
O que se ganha aqui perde um peixe no mar
A linha da laje
_________________________________________________________
A moça que lava a roupa ao meio dia na laje é vista da linha vermelha pela outra que passa a caminho do trabalho e pensa: que seria eu se lavasse roupa na laje este momento? Que a moça da laje vale pouco porque lava roupa? Que boa é a outra que não lava? Que laje, que outra, que roupa? Nem sei se não sou eu a moça da laje que lava e passa, enquanto passo. Que não seria feliz se lavasse roupa na laje e fosse vista da linha vermelha por uma moça que vai ao trabalho de roupa?
Vão dizer que não seria feliz.
Que não sei o que é a vida. Não sei.
Mas seria outra. Ao meio dia.
_________________________________________________________
Quem é que vai cruzar a linha vermelha que separa as moças?
Nessa era de conectividade rede de relações virtuais eu tenho 325 amigos no Orkut mas ainda não inventaram a tecnologia de me ligar com o que vejo da janela do 485.
_________________________________________________________
Nada me faz chegar na moça, que sou eu, em outras roupas.
Linha comparativa que diz do que está abaixo e o que está acima. Da linha, da pobreza. Quem vai saber da felicidade de quê. E me fazer cruzar acontramão da linha vermelha da estratificação?
_________________________________________________________
Que linha de razão lógica e sensata me leva a temer uma criança mulata?
Que poderia ser meu filho, e é, por outro lado da linha. Do outro lado do assento... Tento. Minto. Medo. Qualquer hora vou ter um filho meu e deixar de me preocupar com o filho dos outros. Do outro que sou eu, ainda que não seja meu. Nessa hora. Serei outra.
_________________________________________________________
Quisera eu me meter em cada luz acesa de cada casa que vejo do alto. Pelo fio de alta tensão. Fruir. Me aninhar pelo gato. Em cada casa. Ainda mais das apagadas! Quem poderia traçar a consistência do vazio que separa aspirações irmãs? De tudo que vejo... E mais que ver, muito mais... Abolir a linha. Linha de fuga! Quisera eu sentir cada hálito de sonho da noite. Ninando. Cafungar o perfume da cada nuca de casa e da rua. E nunca dizer bom ou mal de um cheiro. Um cheirinho não faz mal. Aroma não tem moral. Se eu pudesse a mistura, de todos os cheiros de nuca de todos os cheiros de sempre. Ah se eu pudesse... Poesia!
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A moça que lava a roupa ao meio dia na laje é vista da linha vermelha pela outra que passa a caminho do trabalho e pensa: que seria eu se lavasse roupa na laje este momento? Que a moça da laje vale pouco porque lava roupa? Que boa é a outra que não lava? Que laje, que outra, que roupa? Nem sei se não sou eu a moça da laje que lava e passa, enquanto passo. Que não seria feliz se lavasse roupa na laje e fosse vista da linha vermelha por uma moça que vai ao trabalho de roupa?
Vão dizer que não seria feliz.
Que não sei o que é a vida. Não sei.
Mas seria outra. Ao meio dia.
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Quem é que vai cruzar a linha vermelha que separa as moças?
Nessa era de conectividade rede de relações virtuais eu tenho 325 amigos no Orkut mas ainda não inventaram a tecnologia de me ligar com o que vejo da janela do 485.
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Nada me faz chegar na moça, que sou eu, em outras roupas.
Linha comparativa que diz do que está abaixo e o que está acima. Da linha, da pobreza. Quem vai saber da felicidade de quê. E me fazer cruzar acontramão da linha vermelha da estratificação?
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Que linha de razão lógica e sensata me leva a temer uma criança mulata?
Que poderia ser meu filho, e é, por outro lado da linha. Do outro lado do assento... Tento. Minto. Medo. Qualquer hora vou ter um filho meu e deixar de me preocupar com o filho dos outros. Do outro que sou eu, ainda que não seja meu. Nessa hora. Serei outra.
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Quisera eu me meter em cada luz acesa de cada casa que vejo do alto. Pelo fio de alta tensão. Fruir. Me aninhar pelo gato. Em cada casa. Ainda mais das apagadas! Quem poderia traçar a consistência do vazio que separa aspirações irmãs? De tudo que vejo... E mais que ver, muito mais... Abolir a linha. Linha de fuga! Quisera eu sentir cada hálito de sonho da noite. Ninando. Cafungar o perfume da cada nuca de casa e da rua. E nunca dizer bom ou mal de um cheiro. Um cheirinho não faz mal. Aroma não tem moral. Se eu pudesse a mistura, de todos os cheiros de nuca de todos os cheiros de sempre. Ah se eu pudesse... Poesia!
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quarta-feira, 12 de maio de 2010
Aos excessos: uma exceção
A vida sem a ressaca,
Não seria completa
- Como um tapa sem a mão.
Dou a outra face
Mas não abro mão
Aos excessos: o que abro é exceção
Pois não tenho no hálito
O hábito que me leve ao óbito
Contar despesa, ou caloria
coisa moral, da burguesia
Medo do frio, e da ressaca
Dormir de meia...
Para meter o pé na jaca!
Nada é proibido
E eu gosto de beber!
Não guardo garrafa
De comedido prazer
A ética etílica - obedeço
Profético recomeço
Que a ressaca é.
Ando com Dionísio
é o deus do meu juizo
Sua benção bebo e não escondo
Até o último gole vou, mas só de vez em quando.
Não seria completa
- Como um tapa sem a mão.
Dou a outra face
Mas não abro mão
Aos excessos: o que abro é exceção
Pois não tenho no hálito
O hábito que me leve ao óbito
Contar despesa, ou caloria
coisa moral, da burguesia
Medo do frio, e da ressaca
Dormir de meia...
Para meter o pé na jaca!
Nada é proibido
E eu gosto de beber!
Não guardo garrafa
De comedido prazer
A ética etílica - obedeço
Profético recomeço
Que a ressaca é.
Ando com Dionísio
é o deus do meu juizo
Sua benção bebo e não escondo
Até o último gole vou, mas só de vez em quando.
domingo, 9 de maio de 2010
É de aprender. Memória.
Que viagem...
Que história...
Prender um momento na memória?
E lembrar o que não muda?
Não se iluda!
Nada fica.
Tudo se reedita.
E assim se edifica. (Ou não)
Que me venha
O fim da festa
Que me resta
E abraça.
Soltar o ar.
E se abrir para o perder que o momento é.
Não é de se prender.
É de aprender:
Que me passe. Que expire.
Fruição que é sim ser são.
Ser-nos nós. Sós
e comuns (em comunidade).
Na voz, na vontade.
Que não sou eu, nem meu nem teu, nem vossa, nem tua.
É voz.
Que vai.
No ar.
Que sai.
Que história...
Prender um momento na memória?
E lembrar o que não muda?
Não se iluda!
Nada fica.
Tudo se reedita.
E assim se edifica. (Ou não)
Que me venha
O fim da festa
Que me resta
E abraça.
Soltar o ar.
E se abrir para o perder que o momento é.
Não é de se prender.
É de aprender:
Que me passe. Que expire.
Fruição que é sim ser são.
Ser-nos nós. Sós
e comuns (em comunidade).
Na voz, na vontade.
Que não sou eu, nem meu nem teu, nem vossa, nem tua.
É voz.
Que vai.
No ar.
Que sai.
Vontades nervosas
Vontades nervosas me percorrem o corpo
Furiosas e matreiras me atravessam com o ar
Oxigenam e ramificam ansiedades de ir e vir
Que se agitam. Imobilizam a atividade de pensar.
Vontades estéticas, nunca éticas, sempre cinéticas.
Irremediavelmente antitéticas.
Acrobatas diplomatas. Me rodopiam as idéias. Dão voltas nas contingências do meio, saltam muros de cotidiano, atravessam os obstáculos das circunstâncias e arraaaastam quereres leves em movimentos persuasivos.
Concorrentes se disputam. Se batem, se xingam, se chutam...
Vaidosas como deusas, a querer prevalecer.
E levar o corpo em desfile para rua, ou para de vontade que der.
Vontades sempre sabem de que.
E cada uma sabe de si, com a força que tem.
Tenho vontades que me levam para todos os cantos.
Algumas calo. Outras nem tanto. A vontade impedida...
Deixo que fique a vontade, que se contradiga, que se decida.
Das vontades, me explico, escolho as mais bonitas.
Que caia bem no canto que a poesia é.
Experientes e apressadas, umas quantas bem nutridas , trilham rumos já traçados.
Vontades podem ser repetitivas. E quando fortes e bem nutridas.
Esmagam de gordura as outras vontadinhas pequeninas - formigas trabalhadoras.
Vontades lombrigas!
Sempre competitivas.
A me percorrer em carreira.
E no fim, que é o agora, que é o aqui, vence a mais ligeira,
tanto que...
Cadê a vontade que estava aqui?
Passou....
___
Eu quero é que botar vontade no mundo.
Realizar
A cada segundo, propriedade.
De se desdobrar (Pena que não inventaram)
Para estar aqui, ao mesmo tempo lá.
Por essa ansiedade agradeço o que na vida se repete: forró, cinema, sarau. Toda sexta tem gente na la-pá encontrar. Pessoas que se repetem. A piada que rio mais da segunda vez. A mesma cantada de sempre. A música no seu ritmo, na cadência, no passo... Passa! Mas há de ser. Nova e diferente. Novidade. Novamente.
Furiosas e matreiras me atravessam com o ar
Oxigenam e ramificam ansiedades de ir e vir
Que se agitam. Imobilizam a atividade de pensar.
Vontades estéticas, nunca éticas, sempre cinéticas.
Irremediavelmente antitéticas.
Acrobatas diplomatas. Me rodopiam as idéias. Dão voltas nas contingências do meio, saltam muros de cotidiano, atravessam os obstáculos das circunstâncias e arraaaastam quereres leves em movimentos persuasivos.
Concorrentes se disputam. Se batem, se xingam, se chutam...
Vaidosas como deusas, a querer prevalecer.
E levar o corpo em desfile para rua, ou para de vontade que der.
Vontades sempre sabem de que.
E cada uma sabe de si, com a força que tem.
Tenho vontades que me levam para todos os cantos.
Algumas calo. Outras nem tanto. A vontade impedida...
Deixo que fique a vontade, que se contradiga, que se decida.
Das vontades, me explico, escolho as mais bonitas.
Que caia bem no canto que a poesia é.
Experientes e apressadas, umas quantas bem nutridas , trilham rumos já traçados.
Vontades podem ser repetitivas. E quando fortes e bem nutridas.
Esmagam de gordura as outras vontadinhas pequeninas - formigas trabalhadoras.
Vontades lombrigas!
Sempre competitivas.
A me percorrer em carreira.
E no fim, que é o agora, que é o aqui, vence a mais ligeira,
tanto que...
Cadê a vontade que estava aqui?
Passou....
___
Eu quero é que botar vontade no mundo.
Realizar
A cada segundo, propriedade.
De se desdobrar (Pena que não inventaram)
Para estar aqui, ao mesmo tempo lá.
Por essa ansiedade agradeço o que na vida se repete: forró, cinema, sarau. Toda sexta tem gente na la-pá encontrar. Pessoas que se repetem. A piada que rio mais da segunda vez. A mesma cantada de sempre. A música no seu ritmo, na cadência, no passo... Passa! Mas há de ser. Nova e diferente. Novidade. Novamente.
domingo, 2 de maio de 2010
A palavra muda
O que há de comércio no que há de conversa
O que há de negócio no que há de afeto
O que há de querer no que há de ofício
Misto de tudo na vida
Há de ser pesado
O peso e a medida
Pensado e re-pensando
Devidamente balanceado
Ser de libra
E o que isso significa?
Jamais me apegar a mim
E a esse palavrear
Pois o que pesa no fim
É a misteriosa força do mar
Que tem a palavra muda.
O que há de negócio no que há de afeto
O que há de querer no que há de ofício
Misto de tudo na vida
Há de ser pesado
O peso e a medida
Pensado e re-pensando
Devidamente balanceado
Ser de libra
E o que isso significa?
Jamais me apegar a mim
E a esse palavrear
Pois o que pesa no fim
É a misteriosa força do mar
Que tem a palavra muda.
Rasas rosas
Rosas venosas
Rosas nervosas
Rosas maliciosas
Rosas perigosas
Rosas ansiosas
Rosas todas prosas
Rosas teimosas
Rosas misteriosas
Rosas formosas
(Ah... que bobagem)
Um perfume vale mais que toda imagem.
Rosas nervosas
Rosas maliciosas
Rosas perigosas
Rosas ansiosas
Rosas todas prosas
Rosas teimosas
Rosas misteriosas
Rosas formosas
(Ah... que bobagem)
Um perfume vale mais que toda imagem.
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