A vida sem a ressaca,
Não seria completa
- Como um tapa sem a mão.
Dou a outra face
Mas não abro mão
Aos excessos: o que abro é exceção
Pois não tenho no hálito
O hábito que me leve ao óbito
Contar despesa, ou caloria
coisa moral, da burguesia
Medo do frio, e da ressaca
Dormir de meia...
Para meter o pé na jaca!
Nada é proibido
E eu gosto de beber!
Não guardo garrafa
De comedido prazer
A ética etílica - obedeço
Profético recomeço
Que a ressaca é.
Ando com Dionísio
é o deus do meu juizo
Sua benção bebo e não escondo
Até o último gole vou, mas só de vez em quando.
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Alimente!