segunda-feira, 17 de maio de 2010

Confluxo

Que não se pesca
Nem se dissolve
Nada comigo
Fora da rede

Que movimenta o mundo
Meneio do mar todo segundo

Uma estrela se move
Algo se ouriça
Desperta um peixe
O mar se agita
Um cardume pega corrente
Mergulhão caça
Assim se cria uma onda no mar

Do impossível se faz o movimento
Em cadência

Pesca que me resta
Nado sincronizado
Que me fixo
No fio transparente de querer negociado
Querido, por um fio
Que me fio, arrematado
E te laço, apertado!

Fio de mel
Fio da navalha
Fica o movimento
No fluxo
Não há como pegar
Não se pesca

O que se perde no mar
Se sente em corrente
E lava, consistência
E leva, na paciência

O que teço agora
Arraia peixe alado
Nado a lado.
Não arreio. Rendo.
Rindo...

Me leva, vôo!
Se onda lá, noutra hora
Se há que perder prá se nadar
O que se ganha aqui perde um peixe no mar

Um comentário:

Alimente!

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